A redução no consumo de calorias ajuda a perder peso, porém, quando ela é acompanhada de um maior consumo de grãos integrais, há maior redução na gordura abdominal e nos níveis de uma proteína inflamatória no sangue chamada de proteína C reativa (PCR). Essa foi a conclusão de um estudo realizado nos Estados Unidos com 50 pessoas que apresentavam síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco para doenças cardiovasculares, como gordura abdominal e pressão alta. Todos os participantes tiveram que cortar o consumo de calorias por 12 meses, mas apenas metade deveria consumir grãos integrais. No final, todos haviam perdido de 3,5 a 4,5 kg de peso, mas aqueles que consumiram alimentos integrais perderam mais gordura abdominal e tiveram uma significativa redução nos níveis de PCR, que ficaram inalterados nos que continuaram comendo alimentos feitos de farinha.
O consumo de alimentos saudáveis, ricos em fibras e baixa taxa de gorduras, assim como a prática de atividades físicas regulares é um fato advogado por muitos profissionais da área da saúde. A aplicação de hábitos como esses está associada a uma vida saudável e a um menor risco de doenças como a hipertensão, o estresse e o diabetes.
Um estudo, produzido por pesquisadores da Universidade de Oslo, Noruega, e publicado no American Journal of Clinical Nutrition, de junho deste ano, traz os resultados de uma pesquisa feita sobre o uso de grãos integrais, com o intuito de descobrir, se a ingestão desses alimentos, seria capaz de reduzir a ocorrência de doenças inflamatórias.
Mulheres na pós–menopausa, entre 55 e 69 anos, foram selecionadas em 1986 e acompanhadas por 17 anos. Essas voluntárias receberam de 4 a 19 porções de grãos integrais por semana e posteriormente foram comparadas às que raramente ou nunca se alimentavam com esses produtos.
Mulheres na pós–menopausa, entre 55 e 69 anos, foram selecionadas em 1986 e acompanhadas por 17 anos. Essas voluntárias receberam de 4 a 19 porções de grãos integrais por semana e posteriormente foram comparadas às que raramente ou nunca se alimentavam com esses produtos.
A redução da mortalidade por doenças inflamatórias foi significativamente maior no grupo que se alimentava freqüentemente com grãos integrais, sendo inclusive esses resultados superiores aos observados, quanto a doenças do coração e diabetes. Isso se deve, direta ou indiretamente, ao fato de que esses alimentos apresentam substâncias que inibem o estresse oxidativo (capaz de causar dano às células do organismo) e, conseqüentemente a inflamação.
Os autores sugerem que o consumo de grãos integrais deva ser estimulado, como uma prática saudável de proteger o organismo dos danos causados por processos inflamatórios e pelo estresse oxidativo.
Os autores sugerem que o consumo de grãos integrais deva ser estimulado, como uma prática saudável de proteger o organismo dos danos causados por processos inflamatórios e pelo estresse oxidativo.
Fonte: American Journal of Clinical Nutrition; 85 (6): 1606 – 1614 (June 2007)
